quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Expurgancia Entrevista: Raquel Gonçalves - Coordenadora do Curso de Arquitetura e Urbanismo

Henri Matisse, Sala vermelha, 1908
Óleo s/ tela, 93x73,5cm
Museu do Ermitage, S. Petersburg, Rússia
Toda quarta-feira (ou quase toda) é dia de entrevista aqui no blog . Nossa primeira convidada foi Raquel, coordenadora do curso de Arquitetura e Urbanismo, que gentilmente nos recebeu em uma tarde de quarta. Formada em 1996 na Universidade Federal de Minas Gerais, já trabalhou em escritórios de arquitetura, fez mestrado em Geografia na UFMG e doutorado na UFRJ. Coordena o curso de Arquitetura e Urbanismo da Faculdade Izabela Hendrix desde 2008. No momento se dedicando exclusivamente a função de coordenadora e professora com exceção à algumas consultorias em projeto. Abaixo segue a entrevista:

O que é ser a coordenadora do curso?
Lidar com as diferenças e saber respeita-las. Tendo que lidar com com muitas pessoas (alunos, professores, funcionários, administração, corpo docente, etc...) um dos principais papeis do coordenador é saber lidar com as diferentes opniões, respeita-las e tentar converge-las para um objetivo comum.

Qual o lado frustrante de ser coordenadora?
A coordenação possui um lado frustante assim como tudo na vida. Eu tive frustações na minha vida acadêmica, pessoal, profissional e é claro que elas existem na coordenação. Muitas vezes pensamos que podemos mudar tudo e na verdade a nossa área de influência é muito pequena. São questões políticas, administrativas, financeiras, entre outras que muitas vezes se confrontam com os projetos. Mesmo assim quando algo não dá certo por um caminho buscamos outras formas de realiza-los. O mais importante é saber lidar com as frustrações e não desconta-las nos outros.

Como é lidar com as críticas?
Críticas fundamentadas são sempre bem-vindas assim como sugestões viáveis, o problema são aqueles que criticam por criticar. Quando a gente é aluno pensa muitas vezes que podemos tudo, que tudo tem que ser do nosso jeito. Na minha época também era assim, eu já fui aluna. É importante o aluno perceber dois lados, o dele e o nosso (da faculdade).

O que você fez para mudar o curso desde que entrou?
Eu, sozinha, não consegui nada (risos). Eu não considero as mudanças que ocorreram realizações só minhas e sim de várias pessoas que fazem parte do corpo docente. O Izabela está envolvido em projetos de pesquisa, iniciação científica, entre outros e no momento começamos a costurar uma parceria de pequisa com a Universidade Federal do Rio de Janeiro. Eu considero meu relacionamento sem atritos com o corpo docente uma conquista que beneficia a gestão. Os ateliês também foram grandes conquistas que podem se desenvolver ainda mais, assim como o Izabela Debate que têm sido realizado regularmente.

Quais os diferenciais do curso de Arquitetura e Urbanismo do Izabela?
Nosso padrão de qualidade é em grande parte um reflexo do corpo docente. O Izabela ainda se preocupa em seguir os padrões de qualidade do MEC, sendo todos os professores mestres e/ou doutores ou cursando mestrado e/ou doutorado. O corpo docente é muito presente e comprometido com a faculdade. Esse reconhecimento vem dos nossos alunos, da quantidade de tranferências que recebemos, do nome que o Izabela tem no mercado, entre outros.

O que os alunos podem fazer para melhorar o curso do Izabela?
A participação dos alunos é fundamental para o desenvolvimento do curso. Nós disponabilizamos os professores, os recursos, o espaço, etc... e o aluno que quer um curso melhor deve se envolver mais. Propor atividades e participar das atividades propostas pela faculdade, como as aulas inaugurais, Izabela Debate, etc... Nós temos um papel de responsabilidade na formação do aluno mas isso não é tudo, o aluno também pode fazer muito.

Rapidinhas do expurgancia:
Obra: MASP - Lina Bo Bardi
Livro: O Poder Simbolico - Bourdieu
Filme: A Vila
Pintor: Matisse
Música: One - U2